Jerónimo de Sousa
na Marcha Nacional

Vamos construir um Portugal<br> com futuro

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Uma ca­lo­rosa sau­dação aos mi­lhares e mi­lhares de por­tu­gueses, mu­lheres, ho­mens, jo­vens de todas as la­ti­tudes e con­di­ções so­ciais, gente como nós, gente do povo, que aqui vi­eram e aqui estão neste lugar sim­bó­lico que ce­lebra a li­ber­tação do País do do­mínio es­tran­geiro! Nesta Praça, atri­buto da afir­mação da res­tau­ração da nossa in­de­pen­dência que a luta do povo desta terra e deste País con­quistou e ga­rantiu em mo­mentos de­ci­sivos da nossa his­tória e num tempo que al­guns querem que con­tinue a ser de sub­missão, re­nova a sua in­que­bran­tável von­tade de de­fesa da nossa li­ber­dade co­lec­tiva.

Uma mas­siva pre­sença que é de afir­mação de que ja­mais re­nun­ci­arão a viver num País so­be­rano e in­de­pen­dente e nunca acei­tarão ver Por­tugal trans­for­mado num apên­dice de Bru­xelas com troika ou sem troika, apên­dice das prin­ci­pais po­tên­cias eu­ro­peias, nem su­jeito ao seu mando. Des­ceram às ruas de Lisboa e aqui estão, mi­lhares e mi­lhares de por­tu­gueses, nesta marcha na­ci­onal pro­mo­vida pela CDU, por um Por­tugal com fu­turo, porque não aceitam ver o País ser con­du­zido para a ruína e para o de­clínio por aqueles que o en­tre­garam, ver­go­nho­sa­mente, às mãos de uma troika es­tran­geira, como o fi­zeram PS, PSD e CDS e o querem manter amar­rado a in­te­resses que não são os do nosso povo e do nosso País, pros­se­guindo a mesma po­lí­tica que o con­duziu à crise e ao de­sastre!

Mi­lhares e mi­lhares por­tu­gueses que sabem e re­co­nhecem que o velho ca­minho de 38 anos de po­lí­tica de di­reita e de su­ces­sivos go­vernos contra Abril, os seus di­reitos e con­quistas, e trinta anos de in­te­gração ca­pi­ta­lista eu­ro­peia, pre­cisa de ser in­ter­rom­pido e ur­gen­te­mente aban­do­nado, para, fi­nal­mente, se en­cetar um ca­minho novo, com so­lu­ções para o de­sen­vol­vi­mento do País. Sim, o grande de­safio que o País en­frenta é a es­colha entre in­sistir no velho e rui­noso ca­minho pros­se­guido pelos go­vernos do PS, PSD e CDS-PP que mos­trou não re­solver ne­nhum dos pro­blemas na­ci­o­nais, ou abrir as portas a um ca­minho novo, com uma po­lí­tica, pa­trió­tica de es­querda, com a força do povo, com a CDU, com a con­ver­gência dos de­mo­cratas e pa­tri­otas e as­se­gurar um Por­tugal com fu­turo!

Tempo de dizer basta!

Mi­lhares e mi­lhares de por­tu­gueses que aqui vi­eram e aqui estão porque atin­gidos por esta po­lí­tica de ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento, querem ver mu­dado o rumo das suas vidas. Não querem ver pros­se­guida, como pre­tendem PSD/​CDS-PP, mas também o PS, a po­lí­tica de corte e de­gra­dação dos sa­lá­rios, das re­formas e pen­sões, dos ser­viços pú­blicos, dos seus di­reitos à saúde, à edu­cação, à se­gu­rança so­cial e, si­mul­ta­ne­a­mente, ver atri­buídas novas be­nesses ao grande ca­pital.

Não querem mais de­sem­prego, mais pre­ca­ri­e­dade, tra­balho sem di­reitos. Não querem ver o País vazio de gente, for­çada a emi­grar. Não querem os micro e pe­quenos em­pre­sá­rios, os agri­cul­tores, os pe­quenos ar­ma­dores, os pes­ca­dores ver as suas ac­ti­vi­dades a de­fi­nhar e as suas vidas des­truídas, em re­sul­tado de uma po­lí­tica que li­quida a pro­dução, des­trói a eco­nomia e o em­prego e a vida do nosso povo. Não querem ver per­pe­tuado o brutal as­salto fiscal aos seus ren­di­mentos, agra­vando a in­jus­tiça fiscal. Não querem ver os jo­vens sem fu­turo e sem saída, blo­que­ados por uma edu­cação eli­tista e um em­prego pre­cário, mal pago e in­ter­mi­tente. Não querem os ho­mens e as mu­lheres da cul­tura a sua des­va­lo­ri­zação e mer­can­ti­li­zação!

Estão aqui muitos mi­lhares de por­tu­gueses que um ano de­pois da anun­ciada saída da troika não viram a pro­me­tida mu­dança das suas vidas. Estão aqui e aqui vi­eram mi­lhares e mi­lhares de por­tu­gueses porque não se con­formam com o sis­te­má­tico agra­va­mento dos pro­blemas do País e porque não ad­mitem a po­lí­tica de ra­pina das ri­quezas na­ci­o­nais que está em curso, com as pri­va­ti­za­ções e a venda ao des­ba­rato dos re­cursos do País. Muitos mi­lhares que aqui vi­eram para dizer basta de hu­mi­lhação!

Sim, é tempo de dizer basta! Basta de des­truição do País, dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do povo, das con­di­ções de vida dos por­tu­gueses! Des­ceram a Ave­nida da Li­ber­dade e aqui estão mi­lhares e mi­lhares de por­tu­gueses que não aceitam a po­lí­tica de di­reita ao ser­viço dos grandes grupos e dos seus ne­gó­cios es­curos e que ali­menta casos e casos de es­can­da­losa ili­ci­tude, com­pa­drio, cor­rupção.

Mi­lhares e mi­lhares que aqui dizem pre­sente nesta grande jor­nada de afir­mação desta força por­ta­dora da mu­dança que é a CDU, porque sabem que está aqui quem fez a opção pelo povo e pelo País, en­quanto ou­tros pre­fe­riram ficar do lado dos po­de­rosos contra o seu povo, do lado da União Eu­ro­peia e do di­rec­tório contra o seu País. Vi­eram aqui e aqui estão mi­lhares e mi­lhares de ho­mens, mu­lheres e jo­vens, porque não aceitam a sub­versão da de­mo­cracia e a mu­ti­lação do re­gime de­mo­crá­tico, re­le­gando o povo e a sua de­cisão so­be­rana para um lugar mar­ginal, co­lo­cando os cen­tros de de­cisão do grande ca­pital a de­cidir em seu lugar.

Ilu­si­o­nismo e falsas di­fe­renças

Hoje, aqueles que afun­daram o País com as po­lí­ticas dos seus go­vernos, com os PEC e com os pactos hu­mi­lhantes que fi­zeram entre si e com FMI, UE e que­jandos, vêm pro­meter, mais uma vez, um amanhã ra­dioso, outra vez a so­lução dos pro­blemas que nunca re­sol­veram, antes agra­varam. Nestes úl­timos tempos, e à me­dida que fica cada vez mais perto o dia das elei­ções le­gis­la­tivas, aí os temos a evo­luir na arte do des­ca­ra­mento e da dis­si­mu­lação, su­bindo a pa­rada do ilu­si­o­nismo po­lí­tico na ten­ta­tiva de dis­far­çarem os seus reais pro­pó­sitos e pro­jectos para o fu­turo.

Todos em con­junto – PS, PSD e CDS – a tentar mos­trar di­fe­rente o que é igual. A es­conder por trás de di­fe­renças se­cun­dá­rias o mesmo pro­jecto vin­cu­lado às ori­en­ta­ções do grande ca­pital na­ci­onal e trans­na­ci­onal – pri­va­ti­za­ções, novas al­te­ra­ções da le­gis­lação la­boral, des­va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores, pre­ca­ri­e­dade, am­pu­tação da Se­gu­rança So­cial, ataque às pen­sões de re­forma e aos re­for­mados, afas­ta­mento do Es­tado das ta­refas do de­sen­vol­vi­mento eco­nó­mico e so­cial. O mesmo apego aos ins­tru­mentos de do­mi­nação dos povos – Tra­tado Or­ça­mental, Go­ver­nação Eco­nó­mica, Pro­grama de Es­ta­bi­li­dade.

Todos em unís­sono a anun­ciar altas taxas de cres­ci­mento e de em­prego, sem mudar o es­sen­cial das suas po­lí­ticas. Todos em comum a tentar salvar a po­lí­tica de di­reita e o sis­tema do ro­ta­ti­vismo da al­ter­nância sem al­ter­na­tiva que os in­te­resses do­mi­nantes querem eter­nizar. Todos a tentar vender gato por lebre. O PS a anun­ciar mu­danças que são uma evo­lução na con­ti­nui­dade, porque dizem que não querem levar com a porta na cara dos man­dantes!

O PSD e o CDS-PP a tentar trans­formar quatro anos trá­gicos de des­truição e dramas do seu go­verno em anos de grandes su­cessos e quanto mais certa têm a sua der­rota, mais se aprumam na em­páfia e no triun­fa­lismo. Tomam-se por sal­va­dores da pá­tria, essa mesma pá­tria que ali­e­naram sem es­crú­pulos às mãos do es­tran­geiro e pro­metem agora «se­gu­rança, es­ta­bi­li­dade, pre­vi­si­bi­li­dade». Eles que de­ses­ta­bi­li­zaram a vida a tantos por­tu­gueses!

Mas os por­tu­gueses já sabem qual é o sen­tido de tais pro­messas: se­gu­rança para os que com a crise mul­ti­pli­caram as suas for­tunas e in­se­gu­rança para quem vive do seu em­prego e da força do tra­balho ou de uma pe­quena ac­ti­vi­dade em­pre­sa­rial; es­ta­bi­li­dade para a con­ti­nuada de­pen­dência e su­bor­di­nação do País ao mando do es­tran­geiro e de Bru­xelas e do grande ca­pital; pre­vi­si­bi­li­dade sim, da es­tag­nação, do cres­ci­mento ané­mico, da des­truição de em­prego, da do­mi­nação es­tran­geira e aperto do gar­rote in­sus­ten­tável da dí­vida!

Façam o que fi­zerem, digam o que dis­serem, é nossa pro­funda con­vicção que os por­tu­gueses, muito jus­ta­mente, não vão es­quecer na hora de de­cidir o enorme salto atrás destes anos e o que eles sig­ni­fi­caram de re­tro­cesso eco­nó­mico e de­gra­dação so­cial e de ruína do País! Terão a der­rota que me­recem!

Mas se a pers­pec­tiva com o PSD e o CDS é a con­ti­nu­ação do rumo im­posto ao País nos úl­timos anos, como o con­firmam as grandes li­nhas do seu pro­grama, com o PS é a con­ti­nu­ação do con­fisco nos sa­lá­rios, ma­nu­tenção da brutal carga fiscal, fa­ci­li­tação dos des­pe­di­mentos e da pre­ca­ri­e­dade, con­ge­la­mento de sa­lá­rios na Ad­mi­nis­tração Pú­blica e das pen­sões de re­forma. São pro­messas de cres­ci­mento e de em­prego que se es­fumam em ce­ná­rios cons­truídos na es­trita su­jeição aos cri­té­rios e à visão do pen­sa­mento único, im­posto pelos que se acham donos disto tudo.

Sempre do lado certo

Todos os seus pro­gramas – os pro­gramas dos par­tidos do arco do em­po­bre­ci­mento, do re­tro­cesso, da dí­vida e dos ne­gó­cios – se­guem os tri­lhos ve­lhos da sub­missão do País aos in­te­resses do grande ca­pital eco­nó­mico e fi­nan­ceiro, se­guem o trilho do de­fi­nha­mento do País. Por isso di­zemos, não basta der­rotar o Go­verno é pre­ciso também der­rotar a po­lí­tica de di­reita!

Por­tugal pre­cisa de abrir um ca­minho novo. Por­tugal pre­cisa de uma nova po­lí­tica, de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva – pa­trió­tica e de es­querda – capaz de afirmar os di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do povo e elevar as suas con­di­ções de vida, as­sente na va­lo­ri­zação dos sa­lá­rios e das re­formas, no de­sen­vol­vi­mento da pro­dução na­ci­onal e no pleno em­prego. Uma po­lí­tica que as­suma como op­ções es­tra­té­gicas a re­cu­pe­ração pelo Es­tado do co­mando po­lí­tico da eco­nomia, com a afir­mação da so­be­rania na­ci­onal e o com­bate de­ci­dido à de­pen­dência ex­terna; uma eco­nomia mista, li­berta do do­mínio dos mo­no­pó­lios, e o pla­ne­a­mento de­mo­crá­tico do de­sen­vol­vi­mento. Uma po­lí­tica que en­frente, sem he­si­ta­ções e com co­ragem, os cons­tran­gi­mentos re­sul­tantes da sub­missão ex­terna e que ins­creva como con­dição ne­ces­sária e in­dis­pen­sável a re­ne­go­ci­ação da dí­vida e o ob­jec­tivo da re­cu­pe­ração da so­be­rania eco­nó­mica, mo­ne­tária e or­ça­mental.

Pre­cisa do con­curso desta grande força que aqui está. Desta força capaz de dar uma nova vi­ta­li­dade e um novo im­pulso à vida do País e ao seu de­sen­vol­vi­mento. Desta grande força na­ci­onal que é a CDU, com uma pre­sença e in­fluência cres­centes no País, porque cada vez mais por­tu­gueses a re­co­nhecem como a grande força capaz de abrir os ca­mi­nhos da es­pe­rança e pro­mover a vi­ragem de que o País pre­cisa. Desta grande força que tem so­lu­ções para o País ca­pazes de dar ex­pressão a uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda iden­ti­fi­cada com as as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês a uma vida me­lhor, mais digna e justa.

Desta força que es­teve sempre do lado certo, do lado dos in­te­resses na­ci­o­nais, na de­fesa da so­be­rania e da in­de­pen­dência na­ci­o­nais, que re­jeita a cres­cente sub­missão de Por­tugal a qual­quer poder e afirma o di­reito do povo por­tu­guês a de­cidir sobre o seu fu­turo. Desta grande força que é a CDU que, como ne­nhuma outra, apre­senta um re­co­nhe­cido per­curso de in­ter­venção e luta em de­fesa dos tra­ba­lha­dores e do povo, que nunca deixou de marcar pre­sença quando foi pre­ciso afirmar di­reitos, com­bater in­jus­tiças, de­fender em­prego e sa­lá­rios e que deu um com­bate cons­tante à obra des­trui­dora do Go­verno PSD/​CDS.

Desta grande força que se apre­senta de cara le­van­tada e que, na ac­tual tor­rente de cor­rupção e actos ilí­citos, pode apre­sentar um per­curso de ver­dade, de re­co­nhe­cido res­peito pela pa­lavra dada, de ho­nes­ti­dade, tra­balho e com­pe­tência. Desta grande força que se bate pela uni­dade e con­ver­gência de­mo­crá­ticas, que propõe de forma clara uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda a todos os de­mo­cratas e pa­tri­otas que querem in­tervir e con­tri­buir para uma rup­tura na vida po­lí­tica na­ci­onal, dis­po­nível para o diá­logo e acção no quadro do res­peito mútuo e sem pre­ten­sões he­ge­mó­nicas!

Al­ter­na­tiva ne­ces­sária e re­a­li­zável

Aqueles que de­fendem que não há al­ter­na­tiva, dizem que não há outra po­lí­tica viável que não a sua – a da con­ti­nu­ação do em­po­bre­ci­mento dos por­tu­gueses e da ruína do País. Mas a po­lí­tica al­ter­na­tiva que de­fen­demos e pro­pomos, as­sente nos re­cursos na­ci­o­nais e no apro­vei­ta­mento pleno das po­ten­ci­a­li­dades ma­te­riais e hu­manas do País, é não só ne­ces­sária, como re­a­li­zável!

Sa­bemos que há muitos fac­tores e con­di­ci­o­na­mentos, no plano das infra-es­truras e dos equi­pa­mentos, pela queda su­ces­siva do in­ves­ti­mento. Sa­bemos que temos um País de­mo­gra­fi­ca­mente fra­gi­li­zado, de­bi­li­tado com o des­man­te­la­mento de infra-es­tru­turas ci­en­tí­ficas e tec­no­ló­gicas, com a de­pre­ci­ação dos re­cursos hu­manos e meios ma­te­riais, de ser­viços pú­blicos es­sen­ciais, em con­sequência da po­lí­tica de de­sastre na­ci­onal.

Mas é pos­sível es­ti­mular e reunir os fac­tores que cor­po­rizem a base ma­te­rial e hu­mana in­dis­pen­sável a uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda.

A questão prin­cipal é o cres­ci­mento eco­nó­mico, com mais pro­dução e em­prego. Dele de­cor­rerá mais re­ceita fiscal, menos des­pesa na pro­tecção so­cial, me­lhor ba­lança co­mer­cial, menos dé­fice or­ça­mental, menos dí­vida.

É pos­sível as­sumir e con­cre­tizar uma po­lí­tica que, pelo lado da re­ceita do Es­tado, as­se­gure os meios in­dis­pen­sá­veis, com par­ti­cular con­cen­tração numa nova po­lí­tica fiscal que as­se­gure a ar­re­ca­dação de mi­lhares de mi­lhões de euros, quer pela eli­mi­nação da pro­tecção tri­bu­tária con­ce­dida ao grande ca­pital, quer pelo com­bate a todas as formas, le­gais e ile­gais, de evasão fiscal.

Mas in­ter­vindo também do lado da des­pesa seja pela re­dução do ser­viço da dí­vida, seja pelo res­gate das PPP e dos con­tratos swap, seja por uma séria li­mi­tação à con­tra­tu­a­li­zação de ser­viços ex­ternos, seja por um eficaz com­bate ao des­per­dício e des­con­trolo na uti­li­zação dos di­nheiros pú­blicos. Me­didas que têm de ser acom­pa­nhadas por ou­tras de­ci­sões que travem a saída de ren­di­mento na­ci­onal por via do imenso mon­tante de di­vi­dendos e juros que saem do País.

Podem também in­si­nuar os de­fen­sores das ine­vi­ta­bi­li­dades, que não há al­ter­na­tiva, que é pre­ciso rigor nas contas pú­blicas. Não pre­ci­samos que nos lem­brem, somos pelo rigor das contas como é nosso cri­tério nas au­tar­quias de mai­oria CDU.

Vamos a isto

As elei­ções le­gis­la­tivas que aí estão cons­ti­tuem um mo­mento da maior im­por­tância na luta pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e a con­cre­ti­zação da vi­ragem ina­diável e ne­ces­sária na vida na­ci­onal. Trata-se de uma ba­talha para a qual nos pre­ci­samos de pre­parar com toda a de­ter­mi­nação, ca­pa­ci­dade de ini­ci­a­tiva e re­a­li­zação, cons­truindo uma grande, com­ba­tiva e es­cla­re­ce­dora cam­panha elei­toral de massas. Cam­panha que será tanto mais larga e en­ri­que­cida se cada um de nós se sentir um pro­ta­go­nista, um ac­ti­vista da CDU! Uma cam­panha que afirme com con­fi­ança que é pos­sível um outro ca­minho. Que há al­ter­na­tiva ao rumo de em­po­bre­ci­mento do povo e do País, à sub­missão e à de­pen­dência.

Há quem pense e diga «Sim, vocês são gente séria, têm razão, mas não chegam lá». Nós gos­ta­ríamos de lhes dizer: «Sim, po­demos chegar lá! Com a von­tade e força do povo.» Aos muitos e muitos que en­grossam a cor­rente dos que afirmam que temos razão, que é com o PCP e a CDU que o País vai para a frente, lhes di­zemos: de­cidam no vosso in­te­resse, no in­te­resse do País e do di­reito de todos a um fu­turo digno e dêem força à CDU!

Cá es­ta­remos para as­sumir todas as res­pon­sa­bi­li­dades que o povo nos con­fiar, na cons­trução de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva e no go­verno do País.

Com a se­gura cer­teza de que como nin­guém o vosso voto não será traído, con­tará sempre para a po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, para pôr em pri­meiro lugar os di­reitos dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País.

Nin­guém é dono da von­tade e do voto dos por­tu­gueses!

Não há im­pos­si­bi­li­dades quando o povo quer!

Está nas mãos dos tra­ba­lha­dores e do nosso povo, está nas mãos deste imenso mar de von­tades que aqui está e quer um País de pro­gresso e de jus­tiça so­cial, na con­ver­gência dos de­mo­cratas e pa­tri­otas, dar força, com a sua luta e com o seu voto a con­cre­ti­zação de uma po­lí­tica e de um go­verno pa­trió­ticos e de es­querda.

Sim, é pos­sível com a força do povo, deste povo que aqui está, que re­siste e luta, que inundou de querer e exi­gência de mu­dança estas ruas de Lisboa, com a CDU – o PCP, PEV, ID, os de­mo­cratas sem fi­li­ação par­ti­dária – am­pliar e for­ta­lecer a cor­rente de apoio à nossa Co­li­gação De­mo­crá­tica Uni­tária, a esta força em cres­ci­mento, ne­ces­sária e in­dis­pen­sável, para ga­rantir uma vida e um fu­turo me­lhor para os por­tu­gueses!

É pos­sível e tão mais re­a­li­zável a con­cre­ti­zação da al­ter­na­tiva para servir o povo e o País, quanto mais forte for a CDU, quanto mais contar com o apoio dos tra­ba­lha­dores e do povo! Sim, a força cujo re­forço po­lí­tico e elei­toral pode pôr fim ao cír­culo vi­cioso da al­ter­nância sem al­ter­na­tiva que afundou o País!

Aqui es­tamos, força do povo, por um Por­tugal com fu­turo, de­ter­mi­nados para servir o País! Aqui está a CDU, pronta a as­sumir todas as res­pon­sa­bi­li­dades que o povo por­tu­guês de­cida atri­buir-lhe na cons­trução dos des­tinos do País.

É com a força imensa e a ini­ci­a­tiva deste povo que a CDU conta para os com­bates que aí estão para ga­rantir a vi­ragem ne­ces­sária no rumo do País! Com esta força do povo que aqui está e sabe que a CDU é uma força de con­fi­ança, que não trai o voto, que cumpre a pa­lavra dada. Com a CDU, com a força deste povo, vamos re­aver a es­pe­rança, re­cu­perar Abril!

Ca­ma­radas e amigos, daqui saímos con­victos e con­fi­antes de que com a acção e a luta de todos é pos­sível der­rotar a po­lí­tica de di­reita de ruína na­ci­onal. Daqui saímos con­victos e con­fi­antes que é pos­sível crescer e avançar, tra­zendo mais e mais por­tu­gueses para a luta e para o voto por uma nova po­lí­tica e por uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda!

Com a força do povo, vamos a isto, vamos cons­truir um Por­tugal com fu­turo!

Vivam os va­lores de Abril! Viva a CDU! Viva Por­tugal!

Tí­tulo e sub­tí­tulos da res­pon­sa­bi­li­dade da re­dacção




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«Nin­guém é dono dos votos dos por­tu­gueses! Está nas mãos dos tra­ba­lha­dores e do nosso povo, está nas mãos deste imenso mar de von­tades que aqui está e quer um País de pro­gresso e de jus­tiça so­cial, na con­ver­gência dos de­mo­cratas e pa­tri­otas, dar força, com a sua luta e com o seu voto, à con­cre­ti­zação de uma po­lí­tica e de um go­verno pa­trió­ticos e de es­querda, afirmou Je­ró­nimo de Sousa no co­mício que en­cerrou a Marcha Na­ci­onal «A Força do Povo», pro­mo­vida sá­bado, pela CDU.

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